Veja como poupar e aproveitar melhor seu salário

Felipe Coimbra, 31 anos, advogado: aumento no salário e disciplina para poupar possibilitaram comprar apartamento de 600 000 reais - Crédito: Tratamento de imagem e ilustração: Quad Studio; Foto: Raul Junior

Crédito: Tratamento de imagem e ilustração: Quad Studio; Foto: Raul Junior
Felipe Coimbra, 31 anos, advogado: aumento no salário e disciplina para poupar possibilitaram comprar apartamento de 600 000 reais


Você já parou para pensar nas transformações que aconteceram na economia brasileira que impactaram no seu bolso? O real se tornou uma moeda estável e a taxa básica do juro da economia baixou. Essas mudanças deram maior poder de compra a seu salário e tornaram o financiamento mais acessível. Mas não é só. Há mais empregos, com melhor remuneração, e a inflação é bem menor do que a registrada nos anos 80 e 90.

Está muito mais fácil poupar. Na Caixa Econômica Federal (CEF), instituição que detém o maior volume de depósitos no Brasil, a quantidade de pessoas com aplicações entre 7 000 reais e 8 000 reais cresceu 61% nos últimos dois anos. Se olharmos para o segmento mais endinheirado dos correntistas, também houve melhora. De 2008 para cá, o número de clientes da CEF com investimentos acima de 500 000 reais cresceu 80%. Esses números mostram que quem soube poupar viu seu patrimônio crescer nos últimos anos.


 


O economista e pesquisador da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ), Marcelo Neri, vem medindo essas mudanças ao longo dos últimos anos. Segundo ele, o número de pessoas nas classes A e B, da qual fazem parte as famílias que têm renda superior a 4 807 reais, cresceu 43,8% de dezembro de 2003 a dezembro de 2008.

Já a classe C, que representa as famílias com renda entre 1 115 a 4 807 reais, cresceu 25,2%.
De acordo com o pesquisador, 32 milhões de pessoas ingressaram nas classes A, B e C entre 2003 e 2008 e outras 36 milhões devem se juntar a esse contingente nos próximos quatro anos, mantidas as condições econômicas do país.

A trajetória do advogado paulistano Felipe Coimbra, de 31 anos, ilustra o movimento ao qual os números do professor Neri se referem. Filho de pais de classe média, Felipe começou a trabalhar aos 15 anos como office boy. Aos 18, ingressou na faculdade de Direito. Antes de se formar, aos 21 anos, já estava empregado como auxiliar no departamento de operações estruturadas, na corretora de valores SLW, de São Paulo. Felipe recebia um salário de 800 reais.

Com 600 reais pagava a faculdade e usava o restante para gastos com transporte e alimentação. De lá pra cá, sua carreira deslanchou. Ele se tornou chefe de departamento, gerente e, no final de 2009, foi promovido a diretor de compliance, área responsável por analisar e verificar se os produtos financeiros estão dentro da lei. Seu salário hoje é 17 vezes maior do que quando começou na SLW. Felipe foi organizado e se preocupou em direcionar parte do dinheiro que ia entrando para construir seu patrimônio, sem deixar de curtir a vida.

Ele está pagando um apartamento que comprou por 600 000 reais, que fica pronto em 2012, e tem uma grana investida, que possibilita viajar e fazer pequenas extravagâncias. Faço pequenos resgates para curtir as coisas que gosto, como mergulhar. Nem todo mundo, porém, tem o mesmo controle sobre as finanças pessoais. E aí, mesmo ganhando mais, há a sensação de que o dinheiro está sempre curto.










 
De acordo com o professor Marcelo Neri, da FGV-RJ, o número de pessoas nas classes A e B, com renda familiar superior a 4 807 reais, cresceu 43,8% de 2003 a 2008

É o caso do engenheiro paulistano Antônio Carlos Viaro, também de 31 anos. Ele é perdulário com relação ao próprio dinheiro. Antônio teve um aumento de 60% no salário quando deixou a função de trainee, em 2008, para assumir o cargo de engenheiro de processos, na multinacional francesa Cray Valley, produtora de massa plástica.

Hoje, ganha em torno de 7 000 reais fora o bônus, que no ano passado foi de 20 000 reais. Esse dinheiro ele gastou em viagens, festas e presentes. Além de não ter mais nada do bônus que recebeu, ainda deve 25 000 reais ao banco. O grande problema é que, ao ver meu salário crescer, eu aumento imediatamente meus gastos, diz o engenheiro.

DISCIPLINA COM CURTIÇÃO
ELE GANHA 17 VEZES MAIS DO QUE NO INÍCIO DA CARREIRA E É CONTROLADO
Desde adolescente, o paulistano Felipe Coimbra de 31 anos, é preocupado com a vida financeira. Aos 15 anos entrou em um banco para trabalhar como office boy. Em três anos, juntou o suficiente para comprar um Ford Escort. No mesmo ano, ingressou na faculdade de Direito. Em 2001, último ano do curso, foi convidado para trabalhar na corretora de valores SLW, de São Paulo, como auxiliar no departamento de operações estruturadas.

A área é responsável por verificar se os produtos financeiros da empresa estão dentro da lei. Depois de ficar seis meses como auxiliar, Felipe assumiu a gerencia do departamento. O profissional agressivo, tem uma posição mais defensiva. Os diretores da corretora viram isso com bons olhos, diz. No cargo de auxiliar, Felipe recebia um salário de 800 reais, com a promoção seu salário quadruplicou. Ele então passou a investir 40% do que ganhava em ações e fundos multimercado. Em 2006, depois de quatro anos da promoção, o advogado tamento no valor de 150 000 reais à vista. Para pagar o imóvel, resgatou o dinheiro aplicado e vendeu o carro.

Na época, decidiu também mobiliar o apartamento e gastou 40 000 reais. No novo cargo, Felipe começou a fazer um trabalho de aproximação com os investidores. Ele gerenciou o departamento durante sete anos. Nesse período, afirma que sua área registrou um crescimento de 500%. Em função disso, incorporou mais 7 200 reais em seus rendimentos. No final de 2009, foi novamente promovido  a diretor de compliance e seu salário aumentou 40%.

Felipe mantém as mesmas despesas fixas há três anos. Frequento os lugares de quando era gerente, diz. Hoje todos os bônus semestrais que recebe, o que corresponde a 70% do salário, vão para a aplicação em bolsa. Recentemente, Felipe comprou um apartamento no valor de 600 000 reais na planta, que vai ficar pronto em 2012. Seu hobby é viajar.Nessas ocasiões, tiro o dinheiro da renda fixa, diz o advogado.

Dica do consultor: Ao receber um dinheiro extra, aproveite o momento e se planeje para aumentar sua poupança, assim como faz o Felipe. É importante lembrar que, diante de imprevistos, quanto maior for seu colchão financeiro menor será o estresse”, diz Mauro Calil, professor do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil e Calil, de São Paulo.

SALÁRIO MAIOR, MAIS INVESTIMENTO
ELE APRENDEU A POUPAR, TROCOU DE CARRO E COMPROU UM IMÓVEL NOVO

Há dois anos, o administrador de empresas RICARDO ARANTES PIRES, de 29 anos, foi promovido de técnico de manutenção para consultor de serviços da Otis, fabricante de elevadores, de São Paulo. Como técnico, trabalhava com uma carteira de clientes e, quanto menos chamados recebesse, mais pontos ganhava com o chefe. Em um ano e meio, reduziu drasticamente o número de chamados.

O reconhecimento veio com o novo cargo e aumento de 375%. Hoje, ganha, com salário e bônus, 6 000 reais por mês. Com o dinheiro extra, decidiu mobiliar o apartamento que comprou na planta em 2007 por 220 000 reais  64% desse valor já foi quitado. Ricardo comprou piso e móveis à vista por 35 000 reais. Conseguiu tudo isso poupando 90% do salário durante mais de um ano, o que é possível porque ele vive com os pais. Ainda assim, Ricardo assume parte das despesas de moradia. Somando a taxa de condomínio, a parcela do novo apartamento, de 1 500 reais, e os gastos com o carro novo, supermercado e escola do filho de 7 anos, suas despesas fixas totalizam 3 500 reais mensais.Com o aumento, consigo poupar.

Dica do consultor: O administrador Ricardo Pires aproveitou o aumento de salário para adiantar o pagamento de três parcelas do imóvel. Não vale a pena se o valor que tem para adiantar o pagamento for pequeno. Aproveite o dinheiro para investir em ações, diz Augusto Sabóia

QUANDO O CONSUMO SE TORNA UM PROBLEMA Casos como o de Antônio são bastante comuns. O descontrole fi nanceiro, além de causar dor de cabeça para a pessoa, compromete o desempenho no trabalho. O professor William Eid, coordenador do Centro de Estudos em Finanças, da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), fez uma pesquisa, em 2008, com 135 funcionários endividados da instituição  a amostra corresponde a 20% do total de empregados da FGV-SP.

A análise mostrou que há uma relação entre estresse fi nanceiro e alguns indicadores de produtividade e planejamento econômico desse pessoal. Colaboradores com maior estresse fi nanceiro não se fi liam ao GV Previ, isto é, não conseguem planejar adequadamente seu futuro, faltam mais e usam mais o abono concedido pela chefi a. Algumas empresas já se deram conta disso e passaram a oferecer cursos de administração em fi - nanças pessoais para seus funcionários. Um exemplo é a Vivo. Lá, qualquer profi ssional que esteja com as fi nanças descontroladas tem acesso a um consultor particular. Existem duas armadilhas que são comuns quando você começa a ganhar mais.

A primeira é passar a usufruir de bens e serviços muito mais caros. Exagerando, signifi caria trocar o seu cabeleireiro do bairro pelo mesmo salão de uma celebridade da Rede Globo. A troca passa a comprometer um naco maior dos seus rendimentos. A segunda armadilha é passar a consumir com maior voracidade. A pesquisa realizada pelo professor Marcelo Neri, da FGV-RJ, mostra que o potencial de consumo, que é basicamente a renda transformada no poder de compra, cresceu 4,9% ao ano nos últimos cinco anos. Nesse período, as viagens para o exterior, a venda de carros importados no Brasil e a venda de artigos de luxo registram recordes. O brasileiro adquiriu hábitos de consumo mais sofi sticados.

Não há problema nenhum nisso, o segredo é aproveitar esses mimos com parcimônia. A agência Maktour, de São Paulo, que atua no segmento de viagens internacionais para as classes A e B, projetou para fevereiro deste ano um crescimento de 30% nas vendas sobre o mesmo mês em 2009. O resultado foi muito além do esperado. Crescemos 90%. As pessoas estão com maior poder aquisitivo, diz Marcus Di Tommaso, diretor-geral da Maktour. Outro dado que revela o aumento de poder de compra do brasileiro é a expansão nas vendas de carros importados, que no ano passado cresceu 150,13% em relação a 2008, segundo a Abeiva, associação das importadoras de veículos.

RELAÇÃO CUSTOBENEFÍCIO
O consumo implica uma escolha que esbarra no funcionamento psíquico, regido pelas emoções que nos guiam a buscar uma satisfação instantânea, diz Vera Rita de Mello, doutora em psicologia econômica. Portanto, a dica é: resista ao primeiro impulso. Faça as contas, veja se o objeto de desejo cabe no seu orçamento é só então tome a decisão de compra. Quem quer guardar mais dinheiro precisa ter disciplina. Primeiro, é importante tentar manter as despesas fi xas (como aluguel) no mesmo nível anterior ao aumento do salário. Ganhar bem é importante, mas a arte está em gastar bem, diz Lauro Araújo, diretor da área de investimentos da consultoria Mercer.

Além do desejo de consumir mais e melhor, o que pode impedir alguém de aumentar a capacidade de poupar é o comprometimento com gastos essenciais, que não podem ser adiados. Veja um exemplo: se você precisa de um fogão, vai à loja e o vendedor lhe dá duas opções  comprar o modelo mais caro, que tem mil funcionalidades, ou outro mais barato. Se optar pelo produto mais caro, o gasto não é mais considerado básico. Sua necessidade era comprar um fogão, e não o melhor fogão. Claro, isso não signifi ca dizer que você tem de comprar um produto sem qualidade.É essencial pensar na relação custo-benefício, ou seja, ponderar a decisão do que comprar olhando a qualidade e o preço, diz Mario Amigo, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi ) e consultor de investimentos da Mercer.

Um casal que tem fi lhos também pode sentir mais difi culdades para poupar, mesmo tendo um acréscimo de renda. Muitas vezes o ganho a mais é transferido diretamente para o consumo da família. O que nem sempre é ruim, porque há mais condições de investir na educação do fi lho, diz Raphael Cordeiro, consultor fi nanceiro de Curitiba, no Paraná. Caso decida aproveitar o aumento do salário para bancar o intercâmbio de seu fi lho ou reformar seu imóvel, é importante que você faça as contas para não deixar que seus gastos se igualem ao valor a mais no salário.

Ganhar bem é importante, mas a arte está em gastar bem, diz Lauro Araújo, diretor de investimentos da consultoria Mercer

Quanto mais comprometido estiver seu orçamento, menos fl exibilidade terá para lidar com imprevistos. Quando não há fl exibilidade, a pessoa não pode se dar ao luxo de, por exemplo, deixar o emprego para tentar uma nova oportunidade, diz Raphael. Quando os gastos fi xos chegam a representar 60% do salário é sinal de que é preciso rever os hábitos de consumo. É um limite de alerta, diz Mario Amigo, da Fipecafi e consultor da Mercer.

PADRÃO DE VIDA CONFORTÁVEL Se está decidido a poupar, precisa primeiro organizar uma planilha com o valor do novo salário e seus gastos fi xos. Você vai saber então qual é sua real capacidade de investimento mensal. Com isso fi ca mais fácil defi - nir objetivos de médio e longo prazo, como comprar uma casa na praia ou fazer uma especialização. Você também deve defi nir em quanto tempo quer atingir cada um de seus sonhos.

Se a capacidade de poupar ainda é pequena em relação ao que quer alcançar, vai precisar diminuir as despesas. Caso contrário, vai demorar mais para alcançar cada uma de suas metas. Para o professor e consultor Mario Amigo, o ideal é poupar pelo menos 30% de sua renda mensal. Você pode colocar 20% em investimentos de longo prazo e 10% em aplicações de médio e curto prazo.

É o que vai ajudar a manter seu estilo de vida no futuro, afi rma Mario. Se você tem apetite por rendimentos maiores, a dica é assumir mais riscos agora e investir em fundos de renda variável e multimercado.Se o investidor souber lidar com os momentos difíceis e não se assustar, o investimento de risco é um ótimo aliado, já que há a possibilidade de mais retorno, diz Lauro, da Mercer. Em períodos de instabilidade, aproveite para acessar investimentos de maior risco por um preço menor. Uma opção é comprar ações de companhias sólidas cujos papéis se desvalorizaram. Se souber esperar, você vai ganhar uma graninha na hora de vender as ações.

GANHO MAIS, GASTO MAIS
ELE PRECISA ORGANIZAR AS CONTAS
O paulista ANTÔNIO CARLOS VIARO, de 31 anos, teve um aumento de 60% no salário quando deixou a função de trainee, em 2008, para assumir o cargo de engenheiro de processos na multinacional francesa Cray Valley, produtora de massa plástica. Atualmente ganha 7 000 reais mensais. Mesmo com renda maior, ele tem dificuldade para administrar as finanças. O problema é que se ganho mais, gasto mais.

O engenheiro vai ao shopping de três a quatro vezes por semana. Quase sempre sai com pelo menos uma sacola nas mãos. Antônio mora sozinho em um apartamento no valor de 170 000 reais. Suas despesas fixas mensais somam 5 000 reais. O que pesa no orçamento dele são as despesas variáveis, como roupas e lazer. Se diminuísse meus gastos, poderia construir um patrimônio maior. Durante o ano de 2009, ele recebeu um bônus de 20 000 reais, mas não guardou nada. Gastou tudo numa viagem de 12 dias à Bahia. Hoje, deve 25 000 reais ao banco. A dívida é de um empréstimo que fez há quatro anos, quando estava desempregado. Fico indignado ao perceber que poderia ter direcionado melhor meu dinheiro, mas acabo desviando o foco sempre.

Dica do consultor: Antônio não tem controle sobre o que gasta. Nesse caso, a dica é procurar um investimento que impeça o saque por um período. Um exemplo são os fundos de capital protegido, com aplicação em renda fixa e variável, diz o professor Mário Amigo, da Fipecaf

Mais dinheiro, mais impostos. O que fazer?
COM RENDIMENTOS MAIS POLPUDOS, A PARCELA DIRIGIDA AOS IMPOSTOS FICA MAIOR. EXISTEM ALGUMAS FORMAS DE DEIXAR O LEÃO MAIS MANSO. CONFIRA ALGUMAS ALTERNATIVAS

RENDA FIXA OU POUPANÇA: Se vai usar o dinheiro no curto prazo e quer fazer uma aplicação, a sugestão é usar a poupança, que ainda é isenta de Imposto de Renda. Se optar por fundos de renda fixa, você vai arcar com uma alíquota de até 22,5%, caso o resgate seja feito em até 180 dias. Se a ideia é usar o dinheiro do fundo e, por algum motivo, você decidir resgatá-lo antecipadamente, analise se a retirada não vai comprometer uma parte desnecessária de seus rendimentos. Não se esqueça que a alíquota varia de acordo com o tempo de permanência da grana no fundo. Caso seja necessário, adie o resgate.

DIVIDENDOS: Se você for um investidor interessado nos dividendos, a sugestão é aplicar diretamente em ações, para não precisar pagar o imposto de 15% na hora de receber o benefício. Quando as ações estão no nome do investidor, o valor do dividendo vai direto para a conta dele, diz o consultor Raphael Cordeiro.

PGBL: O Plano Gerador de Benefício Livre é indicado para quem faz a declaração do Imposto de Renda no modelo completo. Quem faz a aplicação tem o benefício de abater ou de restituir os impostos sobre o valor poupado. Os aportes feitos podem ser deduzidos da base de cálculo do Imposto de Renda até o limite de 12% da renda anual.

VGBL: No Vida Gerador de Benefício Livre, os aportes não podem ser abatidos da declaração do Imposto de Renda. Vale mais a pena para quem faz a declaração simplificada. Apesar de não ter o abatimento, a vantagem é que o rendimento só é tributado quando você faz o saque. Além disso, só é pago os impostos sobre o rendimento, e não sobre o valor total, como acontece com o PGBL, explica Lauro Araújo, da Mercer. Se você quer deixar o dinheiro aplicado no longo prazo, escolha a tabela regressiva. Quanto mais tempo demorar para sacar a grana, menos impostos vai pagar.

AÇÕES OU FUNDOS: Para quem vai investir na renda variável e quer pagar menos impostos, a alternativa é o investimento direto em ações. Ao aplicar na bolsa, você pode vender até 20 000 reais a cada mês de suas ações sem pagar nada de imposto. Se o valor for maior, vai pagar 15% sobre o lucro conseguido. Em um fundo de ações, o investidor paga 15% sobre o lucro, independentemente do valor vendido.

IMÓVEIS: Se há apenas um imóvel em seu nome, você pode vendê-lo por até 440 000 reais  caso não tenha negociado nenhum outro no período de cinco anos  sem se preocupar com o Imposto de Renda. Se tiver plano de trocar um imóvel residencial, é importante vendê-lo antes para depois fazer uma nova compra. Com isso, estará apenas trocando de moradia, e não aumentando seu patrimônio. Quem troca de residência não precisa pagar imposto sobre o ganho. Fonte: Você S/A