Micro e pequenas empresas criaram 450 mil empregos no 1º semestre

Selma Frazão, 49, e Ilana Moniz, 47, estão investindo R$ 150 mil em uma escola de idiomas. Paulo Henrique Magalhães, 32, prevê expansão de 35% neste ano em sua empresa de tecnologia. Zeca Bastos, 43, acabou de abrir uma loja de depilação e criou oito empregos.

Os relatos mostram que o vigor do pequeno empreendedor resistiu ao pior da crise. As estatísticas refletem: micro e pequenas empresas criaram 450 mil empregos no ano, enquanto médias e grandes eliminaram 150 mil, segundo dados do Ministério do Trabalho. O saldo de vagas nas empresas menores em 2009 equivale assim a uma vez e meia o saldo total de postos formais no país no primeiro semestre (300 mil).

No Brasil, há 4,6 milhões de empresas, das quais 98% são micro e pequenas. Tradicionalmente, elas empregam 60% da mão de obra formal do país.

Ao BNDES as micro e pequenas pediram R$ 4,3 bilhões neste ano -22% mais do que no primeiro semestre de 2008.

Empresários e especialistas concordam que pequenas empresas não estão imunes à crise, mas sentiram menos os efeitos do que as de maior porte. Micro e pequenas empresas têm até 49 funcionários, de acordo com o Sebrae, e receita até R$ 10,5 milhões, segundo o BNDES.
"É um fenômeno curioso da crise, e seus efeitos não podem ser ignorados", diz o diretor do BNDES João Ferraz.

As explicações são muitas. "São empresas mais voltadas para o consumidor do mercado interno, que sustentou a economia no primeiro semestre", diz Sérgio Malta, diretor do Sebrae-RJ. "Elas atendem um mercado que ainda sente os efeitos positivos do crescimento dos salários no passado recente", diz Ferraz.

Malta lembra que a crise foi mais forte entre as exportadoras e, entre as micro e pequenas, poucas vendem para o mercado externo.

A estrutura geralmente enxuta também ajuda. "As grandes sempre têm onde cortar. As pequenas têm estrutura mínima porque não suportam custos altos", diz Marcelo Salim, coordenador do Centro de Empreendedorismo do Ibmec-RJ.

Alguns dos empresários ouvidos chegaram a temer a crise, mas não viram motivos suficientes para não ir em frente.

Dono de lojas de acessórios e de uma temakeria, Bastos resolveu testar o setor de serviços porque estava cansado de "prender dinheiro em estoque". Com a mulher, Lúcia, criou a Deleve, de serviços de depilação, onde funcionava uma de suas lojas, no Shopping da Gávea, na zona sul do Rio.

Agora, o casal emprega oito pessoas, três a mais do que antes. "Sei que é uma boa oportunidade. As cariocas não vão deixar de se depilar."

A empresa Fidelize, de Magalhães e mais três sócios, fornece tecnologia para empresas de alimentos e farmácias. Quando a crise veio, tinha dez empregados. Os negócios travaram. Depois de fevereiro, conta Magalhães, a empresa retomou o ritmo. "Criamos produtos ligados à redução de custo para os clientes." O faturamento cresceu 7% ante o primeiro semestre de 2008. Quatro pessoas foram contratadas.

A retração também empurra o empreendedorismo. Selma e Ilana perderam o emprego de gerente de banco. "Procuramos emprego em outros bancos, mas estava difícil. Decidimos criar nossos empregos", diz Ilana. Agora, estão abrindo uma escola de idiomas Fisk em Anchieta (subúrbio do Rio). Contrataram cinco pessoas. "Sei que há risco, mas foi uma decisão estudada", diz Selma.

Fonte: Folha de S. Paulo

Como e por que o twitter é usado como vitrine profissional

"What are you doing?". A pergunta em inglês, que significa o que você está fazendo, está na página principal do twitter, rede de relacionamentos da internet que em poucos anos de existência já se transformou em uma vitrine para muitos profissionais brasileiros.


Para quem ainda não está inteirado sobre o assunto, a ferramenta foi lançada em março de 2006 nos Estados Unidos. Funciona como um microblog que permite aos usuários que enviem e leiam atualizações em tempo real de outras pessoas, através da internet (de graça) ou pelo celular (quando o serviço pode ser cobrado).


O conteúdo fica por conta da pessoa que participa e, por isso, a ferramenta já está sendo usada no mundo corporativo. A diferença em relação a outras redes de relacionamento? A coordenadora da área de Gestão de Carreiras da FIAP e da Faculdade Módulo, Janete Teixeira Dias, disse que é o dinamismo.


"O que está chamando atenção para o twitter é a dinâmica na comunicação, ou a rapidez da informação. Sua população é rápida, com leitura de manchete. Só aprofunda a leitura se encontrar algo que realmente interessa", afirmou. E é exatamente este perfil do público que torna mais difícil 'chamar a atenção' no twitter, o que é agravado pelo fato de a rede de relacionamentos só disponibilizar 140 caracteres por texto, já que é um microblog.


Vitrine

A vitrine tem dimensões imensuráveis. São mais de 10 milhões de pessoas que a usam e, dentre elas, pode estar aquele profissional de RH (recursos humanos) da empresa em que você quer trabalhar ou um empregador ávido por contratar pessoas no seu perfil. É exatamente por este motivo que quem quer usar o twitter como vitrine profissional deve ter cuidado redobrado com o conteúdo.


De acordo com Janete, um dos principais desafio é ter foco, o que pode ser solucionado com apenas uma pergunta: o que você quer comunicar? Apesar de a comunicação ter de ser rápida, pelo espaço de texto ser pequeno, a mensagem tem de ser a mais clara possível.


"Quais as suas competências? Quais as suas habilidades? O que você quer que o mercado, em termos de trabalho, saiba de você como profissional? Isso é um exercício de criatividade", ressaltou a coordenadora, apontando o que deve ser colocado naquele espaço. Por ser pequeno, ela indica para o profissional que agregue links, seja para outras redes sociais ou para trabalhos realizados.


O que não pode acontecer é a pessoa banalizar o uso da ferramenta, o que tornará ela menos interessante para possíveis contatos profissionais. Por isso, nada de colocar sobre o que fez no final de semana, sobre o namorado novo, sobre a festa que foi no final de semana, se pretende usar para trabalho.


O que há de errado

A coordenadora listou os principais erros cometidos pelos profissionais quando escrevem no twitter para fins profissionais:


  • Usar palavrões;

  • Escrever português errado;

  • Usar linguagem de outras ferramentas da internet. Segundo disse Janete, muitas pessoas acabam levando a comunicação de outras redes de relacionamento, o que não é adequado quando se pensa em trabalho.

Outro erro é passar uma imagem negativa, dizendo o que não gosta, o que não quer, o que acha errado, o que o desmotiva. Ao contrário disso, deixe um texto interessante no microblog. Para fazer isso, é preciso mostrar às pessoas o que elas procuram, de forma positiva.


Um deslize dos profissionais é falar demais, expondo uma informação estratégica das empresas em que atuam. Tenha o cuidado ético de não falar demais no que diz respeito à empresa e de não falar mal de ninguém. Lembre que o acesso é público!


O que colocar

O profissional deve atentar para não colocar informações secas, como um currículo. Os textos devem ser dinâmicos, a exemplo da frase principal do twitter, o que você está "fazendo", no gerúndio. "É colocar uma competência aliada a uma ação, a um momento da vida".


No lugar de colocar algo do tipo "atuação com equipe impecável", adicionar algo como "hoje coordenei a equipe em uma apresentação ao diretor da empresa" ou "hoje participei de um congresso" (para aqueles que estão sem emprego).


De acordo com Janete, não são só os profissionais que estão em busca de um trabalho que podem usar o microblog, mas aqueles que atuam em uma empresa e estão com a situação bastante estável, os quais devem agregar valor à companhia, mostrando ações realizadas junto a ela.


Cuidados

Na busca por uma recolocação no twitter, todo o cuidado é pouco. Assim como no mundo real, existem pessoas com intenções ruins também no mundo virtual. Isso acontece porque, além de as empresas colocarem anúncios na internet, os profissionais ainda podem receber convites das companhias de todo o Brasil... Mas e se algum deles for uma fraude?


"É preciso ter cautela, mas tem gente que abusa e coloca até o número do celular. Tem que se deixar acessível, mas sem se expor", indicou a coordenadora.


Quando se candidatar a uma vaga, pesquise mais sobre a empresa, bem como quando receber um convite pela internet. "Pesquisa endereço, telefone, nome completo da pessoa que entrou em contato. Sempre indico isso, não só pela segurança, mas para a pessoa ver o que pode agregar à empresa".


Para as empresas

Para as companhias, a coordenadora abriu a questão sobre permitir ou não o uso do twitter no ambiente de trabalho. Se a resposta for não, Janete disse que a empresa tem de explicar o motivo, já que pode gerar desmotivação, uma vez que os profissionais gostam de companhias que estão ligadas à tecnologia, principalmente os mais jovens.


A empresa que libera, por sua vez, tem de estar aberta para discussões, para saber a melhor maneira de usar a ferramenta. "As que liberam se tornam mais cobiçadas pelos profissionais, principalmente pelos jovens. Todo o profissional pode usar de forma colaborativa, para construir uma imagem boa da empresa. O twitter rende como ferramenta de marketing corporativo", explicou.

Fonte: UOL Carreira

Uma boa liderança é a chave para o sucesso

Executivo da Disney, Lee Cockerell conta que as estratégias do grande grupo empresarial podem ser aplicadas nos pequenos negócios


Os bons resultados de uma empresa começam com uma boa liderança. Esta é a fórmula que a Disney utiliza para obter sucesso em seus negócios. No livro Criando Magia, da editora Sextante, Lee Cockerell, 65 anos, explica como é possível usar as dez estratégias da Disney para se tornar um líder melhor e, consequentemente, fortalecer os resultados da sua empresa.

Cockerell foi vice-presidente executivo responsável pelas operações do Walt Disney Resort por mais de dez anos. Hoje, ele faz parte do Disney Institute e ministra palestras sobre liderança e desenvolvimento profissional. O executivo fez faculdade de hotelaria, mas só por dois anos. Abandonou a graduação e serviu o exército dos Estados Unidos, onde trabalhou na cozinha. Lá, ele aprendeu lições de liderança e conheceu o que hoje é seu hobby: a culinária. Confira entrevista com o autor.

Por que decidiu dividir a estratégia de negócios da Disney?
Durante minha carreira, todos sempre me falaram o que eu tinha que fazer, mas não como fazer. Como isto acontece com muitos profissionais, vi muito abuso durante minha trajetória. Eu quis escrever este livro para que as pessoas não cometam mais estes erros.

É possível aplicar as estratégias contadas no livro em pequenas e médias empresas?
Não só é possível como é até mais fácil. Nestas empresas, o líder costuma estar muito mais próximo dos funcionários, o que facilita a comunicação.

Os líderes que aprendem a estratégia estão conseguindo aplicá-las?
Pode levar algum tempo, mas conseguem. Eu acredito que quando você age de uma certa forma por um tempo, você se transforma nesta pessoa e as suas novas atitudes se tornam naturais. Para mim, por exemplo, era difícil me aproximar de um funcionário e dizer: você está fazendo um bom trabalho. Agora isto é natural.

Na segunda estratégia do livro, o sr. fala da importância de “pensar fora da caixa”. O que fazer para incentivar este comportamento e evitar que os funcionários se sintam intimidados?
Quando a ideia de um funcionário não é colocada em prática, você tem que chamá-lo e explicar com sinceridade porque ela não funciona para a empresa naquele momento. Assim, ele não se sentirá intimidado em tentar sugerir novamente.

Pensando nos personagens da Disney, quem um líder nunca deve ser?
Talvez a Fera [de A Bela e a Fera]. Mas ele tem a capacidade de se transformar em algo muito bom, que é o que todo líder deveria saber fazer.

E qual deles é o maior exemplo de liderança?
O Mickey é amigo de todos. Ele tem amigos de todos os países, de todas as cores. Se os líderes pudessem ser tão respeitosos quanto o Mickey...

Fonte: PEGN

Várias perguntas de internautas respondidas por headhunters



Perguntas enviadas por internautautas respondidas por um headhunter

Clique aqui para enviar sua pergunta

Tenho 34 anos e não sou um profissional focado na carreira. Nunca me senti sendo o melhor em determinada área ou assunto, sempre gostei de me destacar por conhecer de tudo um pouco. Tenho facilidade com o raciocínio lógico e acredito que penso rápido. Estou há quase 1 (um) ano como especialista em processos e nunca havia trabalhado diretamente nessa área. Resolvi fazer uma pós-graduação, estou cursando MBA em Qualidade e Produtividade, visando alavancar minha carreira. Estou no caminho certo? Como posso descobrir em que sou realmente bom? Marcelo


Marcelo,
Geralmente a gente é bom quando consegue fazer o que realmente gosta. Pelo que você diz o fato de gostar de conhecer de tudo um pouco se adéqua muito bem à carreira de especialista em processos. Nessa atividade você estará sempre trabalhando com processos e atividades de segmentos diferenciados. Aprende-se sempre coisas novas e muito provavelmente sem monotonia.


Acho que está no caminho certo! Se especialize. O MBA em Qualidade e Produtividade vai agregar conhecimento e abrir novas oportunidades.


( Iônio Melo da Talent Solution )

Sou Formado em Administração de Empresas e faço pós-graduação em Marketing e Vendas. Sempre trabalhei na área administrativa. Quando entrei na faculdade me apaixonei pelo marketing e quero seguir minha carreira nessa área, porém não possuo experiência, pois onde moro não há muitas oportunidades de crescimento na área, planejo no futuro abrir uma empresa também, qual o caminho correto a seguir para ter sucesso profissional? Leonardo


Leonardo,
A especialidade de Marketing e Vendas é bem dinâmica e oferece múltiplas oportunidades profissionais. Depois da Pós-graduação procure se fixar numa grande cidade onde você tem as sedes das principais empresas de nosso país. Inicie uma carreira ou em Marketing ou em Vendas e acumule experiência antes de tentar abrir sua própria empresa. Ser sucesso vai depender de sua força de vontade, habilidade pessoal e muita dedicação.
( Iônio Melo da Talent Solution )

Tenho 27 anos, sou engenheira de produção, pós graduada na área de segurança do trabalho. Fui me direcionando para área financeira, trabalhei em uma multinacional e a pouco tempo fui chamada para trabalhar como gerente financeiro em uma empresa familiar de médio porte com um ótimo faturamento. Não estou conseguindo me colocar em um ambiente tão desorganizado e sem procedimentos, onde as pessoas que lidero não estão satisfeitas no trabalho e não confiam nas mudanças que estou propondo. Essa atitude, acredito eu, que seja reflexo da cultura interna em que a diretoria não quer profissionalizar a empresa, misturando muitos aspectos familiares com profissionais. Sou muito motivada quando trabalho, mas já me sinto cansada com o clima da empresa. Como liderar essas pessoas? Se eu não me adapto a ambientes desorganizados e sou melhor em um ambiente de trabalho mais organizado isso indica alguma aspecto negativo para novas propostas de trabalho? Obrigada. Hilda

O cenário que você descreve infelizmente é típico de empresas familiares. Quando elas atingem um patamar de crescimento e faturamento significativo, sentem que é o momento de se profissionalizar. Entretanto é muito difícil para os controladores aceitarem as mudanças de estilo necessárias para que isso possa acontecer. Existe aí uma grande contradição, os controladores querem profissionalizar a empresa mas não abrem mão de continuar exercendo o poder e de comandar o seu dia a dia. Quem sofre com isso são os profissionais contratados para realizar a mudança. Fica praticamente impossível implantar as alterações que obrigatoriamente vão mexer com pessoas e forma de trabalhar já bastante enraizada na empresa.
Sua tarefa é muito difícil. Se você não conseguir conscientizar a direção da empresa para aceitar e promover as mudanças que precisam ser feitas é melhor procurar uma outra empresa para trabalhar. Não existe nenhum problema em não se adaptar a ambientes desorganizados, pelo contrário, a maioria das empresas procuram ser organizadas. Trabalhar numa empresa desorganizada por um determinado período de tempo, não tem problema, desde que exista a perspectiva de organizá-la.
( Iônio Melo da Talent Solution )


Houve uma mudança na empresa que atuo. Um novo grupo irá gerir a organização. Na gestão anterior haviam práticas ineficientes e ultrapassadas além de alto grau de incompetência e verticalização hierárquica, que comprometiam o trabalho de alguns setores. Tomei a ousada iniciativa de elaborar uma análise/plano de marketing apontando algumas falhas da gestão antiga, passando por cima da atual gestão, entregando esse relatório ao novo responsável, com a intenção de colaborar com a empresa. Gostaria de saber se minha conduta foi inadequada, ou se um bom profissional tomaria a mesma atitude sem haver considerações de caráter pessoal, e sim, absolutamente profissionais. Lembrando que essa iniciativa só foi tomada pela postura da chefia que não oferece abertura para uma aproximação visando resultados.
Obrigado. Philipe


Interessante a sua colocação. Se a empresa foi comprada é sinal que quem a comprou é melhor ou, pelo menos, tinha recursos para tal. Não temos dados para avaliar o nível de lealdade e relacionamento que você tem ou tinha com sua atual chefia (antiga), se pediu licença para fazer isso ou “fez pelas costas”. Uma situação como essa requer coragem e posicionamento. Porém, você fez em sigilo. É uma situação delicada, mas a decisão já foi tomada. Estas situações e/ou decisões compõem valores que cada um carrega e você agiu com as ferramentas que tinha à mão. Portanto, terá que viver com a decisão. Quem somos nós para fazer um julgamento de valor? Você, de alguma forma, já causou uma situação constrangedora. Por que o chefe atual não pediu para a equipe apresentar algo para a nova gestão, evitando assim este constrangimento? Neste caso vigorou a sobrevivencia da espécie. Se as idéias foram boas, por que não foram implementadas antes da compra? Faltou ambiente? Se fosse para evitar constrangimento, por que não o copiou ou avisou antes? O responsável haveria sido avisado e não ficaria com a impressão de ter essa decisão “pelas costas”. Algo para pensar e refletir.
(Jeffrey Abrahams, sócio-diretor da Abrahams Executive Search)



Tenho enfrentado alguns problemas com relação ao meu perfil. Tenho 25 anos e sempre trabalhei na área de TI, comecei como técnico e depois foi chamado para a Gerência de Contas Comerciais. Gostei e me apaixonei pela coisa. Desde então tenho tido excelentes oportunidades na área comercial de empresas de TI, que, de acordo com meus últimos recrutadores, apresenta uma carência neste perfil que tenho, ou seja, do cara que entende de TI (área técnica) e também tem capacidade de entender de organizações, processos. No último ano tenho enfrentado recrutadores que criticam muito meu perfil. Tenho sido desafiado a assumir um posto mais técnico que comercial, só que gosto mais do processo comercial. Fiz algumas visitas à psicólogos, pois fiquei preocupado, tenho feito testes e mais testes para saber minha verdadeira vocação. Tenho encontrado resultados nada interessantes para o meu “gosto”. Sou introspectivo, não tenho clientes que são meus amigos e outras características. Todos os clientes que atendo e atendi até hoje estão satisfeitos com minha prestatividade, excelência, bla, bla, bla, mas nenhum deles é amigo pessoal, não me chamam para ir na casa deles, nem nada. Quero uma direção nesse sentido, uma luz, qualquer coisa. Agradeço. Diego


Seus comentários indicam uma certa ambiguidade que precisa ser melhor esclarecida para você mesmo, em primeiro lugar, para que tenha a devida aceitação do seu perfil, como se encaixar, atingir maior potencial de produtividade e evoluir na carreira. Ser introspectivo, analítico e de processos, demonstra uma grande capacidade para análise. Seus clientes devem ficar satisfeitos porque você deve resolver com maestria os desafios. Qual é o problema de se manter na área técnica comercial? Ou na área técnica? Seria necessário entender melhor o seu perfil por meio de um coach empresarial. Psicólogos são necessários e ótimos para atenderem problemas pessoais, psicológicos, psicanalíticos e emocionais. Um bom coach poderá trabalhar junto neste processo. Ele irá trabalhar a sua área profissional, com referência às suas competências e, se for necessário, apoio psicológico. Certos cargos exigem algumas competências chaves para alcançar o sucesso. Seu desafio me parece estar nesta linha.
(Jeffrey Abrahams, sócio-diretor da Abrahams Executive Search


Fui demitido de uma empresa de grande porte depois de 20 anos e agora com 46 anos preciso fazer um redirecionamento de carreira. Como funciona esse processo ? O que preciso fazer para ser recolocado no mercado? Rogerio


Existem inúmeros consultores no mercado que fazem isso. Eles cobrarão para realizar o trabalho, por isso você terá que avaliar com muito critério quem irá escolher.
(Jeffrey Abrahams, sócio-diretor da Abrahams Executive Search)


Trabalhei durante 14 anos em um empresa financeira e há um ano recebi uma proposta de uma multinacional. Aceitei a proposta e durante esse último desenvolvi dois importantes projetos na área de TI. A empresa passou por uma restruturação no último mês e, em virtude disso, não estou confortável em permanecer na empresa. Diante disso, como encontrar um bom headhunter? Como é feita a negociação? Valeria


Muitas pessoas confundem headhunter com recolocação. Headhunter é Consultor de Recrutamento de executivos. As empresas deste setor trabalham com mandatos, isto é, cargos para os quais foram contratados para recrutar. Neste caso, o seu currículo deveria estar no banco de dados das principais empresas de recrutamento. Seu currículo irá para a área de pesquisa destas empresas e, se houver uma posição que preencha o seu perfil, provavelmente será chamada.
(Jeffrey Abrahams, sócio-diretor da Abrahams Executive Search)



Sou formada pela USP e pós graduada pela IBMEC. Tenho 25 anos e atualmente trabalho como gerente de produto jr. Estou em busca de novas oportunidades dentro do setor de bens de consumo. Qual segmento está menos "desacelerado"? Vocês teriam algum contato de um headhunter dentro de bens de consumo? Tati


A maior parte dos headhunters que possuem e/ou atuam em vários segmentos, estão na área de bens de consumo. Normalmente as empresas chamadas Executive Search, isto é, consultorias em Recrutamento, não atendem a profissionais que não estejam em nível executivo. As empresas que anunciam na Você S.A. poderão aproveitar o seu currículo. A melhor alternativa é utilizar seu network no IBMEC ou se inscrever nos sites das próprias empresas. Os produtos da baixa renda têm menos retração, entretando todos estão cortando custos.
(Jeffrey Abrahams, sócio-diretor da Abrahams Executive Search)


Tenho 27 anos e resolvi tarde o meu futuro profissional, estou no 4º anos do curso de economia em uma renomada universidade de São Paulo e possuo um cargo de liderança há 1 ano em um fundação pública com um interessante desafio. Trazer resultados e metas apenas cativando os meus colegas, haja vista que a estabilidade peculiar do funcionalismo público é um ranso que deveria ser mudado no país. O meu objetivo após formado é possuir um bom emprego na iniciativa privada e de preferência em uma multinacional. Gostaria de saber se eu, por me formar com 28 anos, sou uma carta fora do baralho na iniciativa privada. Obrigado. Rafael


De maneira nenhuma! O importante realmente é você se formar. Depois de formado vai contar muito mais a experiência profissional que você possa ter adquirido nos trabalhos que realizou.
Se você quer mesmo no futuro ir para a iniciativa privada e de preferência para uma multinacional, não se esqueça que o domínio do idioma inglês será fundamental.
(Iônio Mello, headhunter e diretor executivo da Talent Solution)



Sou formado em Gestão e Planejamento de Marketing e Vendas e faço especialização em gestão de Recursos Humanos. Para uma melhor absorção do mercado de trabalho, quais os principais potenciais que desenvolver? Tiago


Pela sua formação me parece que sua intenção é se dedicar às atividades de Marketing e Vendas. Sendo assim, a criatividade, agressividade mercadológica e excelente capacidade de relacionamento, são as principais características que viabilizam o sucesso de profissionais deste segmento. A Gestão em Recursos Humanos será também extremamente útil, contribuindo para que você venha a ocupar funções de maior conteúdo no desenvolvimento de sua carreira profissional.
(Iônio Mello, headhunter e diretor executivo da Talent Solution)



Gostaria de saber quais as headhunters/consultorias de RH mais indicadas para mim, sou recém-formado em direito e procuro algo como um cargo de advogado júnior. Hoje trabalho como Assistente Jurídico. Alguma sugestão concreta? Bernardo


Procure consultorias de recrutamento que atuem em posições de início de carreira. Existem muitas fazendo este trabalho. Os headhunters trabalham com profissionais mais experientes, com carreira já desenvolvida. Não se limite, entretanto, às consultorias. Envie seu currículo também para os escritórios de advocacia. AÍ TAMBÉM EXISTEM ÓTIMAS OPORTUNIDADES.
(Iônio Mello, headhunter e diretor executivo da Talent Solution)



Tenho uma pergunta relacionada com o tipo de formacao profissional que o mercado procura. Estou terminado meu doutorado em quimica na Suica e aqui doutor eh visto como um profissional muito interessante para o mercado. Ao final de um curso de doutorado em quimica os profissionais sao absorvidos pelo mercado em diversar areas desde comercial ate pesquisa e desenvolvimento em cargos de responsabilidade (saler manager, team leader, project manager, Lab Head etc). Por que o brasil classifica um profissional doutor como sem experiencia igualando-o a um recem formado? Cabral


Não creio que seja um problema de classificação. O mercado brasileiro sabe bem diferenciar o nível de um PHD para o de um graduado. O que acontece é que na maioria das vezes as empresas com visão imediatista de resultados privilegiam profissionais que já possuam experiência na função a ser preenchida. Encaminhe um CV para os principais escritórios de executive search do país declarando a sua intenção de voltar a trabalhar no mercado brasileiro. Tenho certeza que desta forma você despertará o interesse em conhecê-lo.
(Iônio Mello, headhunter e diretor executivo da Talent Solution)

Existem empresas no mercado que realizam trabalhos de outplacement, umas mais agressivas que enviam cartas de apresentação e indicação aos Diretores e Presidentes e outras que, de maneira mais tímida e focada, te projetam entre os headhunters.
Na visão dos headhunters, qual a real eficiência dos trabalhos de outplacement, ou seja, esse trabalho aumenta significativamente a possibilidade de recolocação dos executivos? Qual dos dois modelos é mais eficiente? Abraços, Rodrigo


As indicações que recebemos dos consultores das empresas de outplacement são sem dúvida alguma uma fonte muito importante para nós headhunters quando precisamos buscar no mercado um profissional. A apresentação que eles fazem já vem com informações valiosas a respeito do profissional o que facilita muito o nosso trabalho. O fato da apresentação ser feita diretamente aos Diretores e Presidentes ou aos headhunters depende unicamente do grau de relacionamento que os consultores possuem.
(Iônio Mello, headhunter e diretor executivo da Talent Solution)

Tenho um boa formação profissional, já fiz treinamento no exterior em como paises EUA, Noruega. Atualmente estou em multinacional dinamarquesa, meu objetivo é me tornar gerente industrial, mas o que me deixa preocupado é justamente sobre meu curiculum vitae, já mandei meu currículo para algumas vagas de gerente só que até o devido momento em nenhuma entrevista para esta funções fui chamado. O que devo fazer para obter sucesso em meu objetivo? Paulo Roberto


Sem conhecer melhor a sua experiência profissional fica difícil dizer se você não tem tido retorno destas vagas de gerente porque você ainda não está preparado para ser um gerente ou se outros fatores como mercado e adequação ao perfil profissional são as razões. De qualquer forma o importante é continuar batalhando e se possível fazer um curso gerencial que lhe credencie ao preenchimento destas vagas.As empresas de recolocação podem ajudar sim, através de um coaching de orientação de carreira.
(Iônio Mello, headhunter e diretor executivo da Talent Solution)



Tenho 29 anos e atuo há um ano como Gerente Administrativo. Percebi que muitas vezes a insegurança dos líderes/gestores está em entender que resultados seus contratantes e quais competências precisam desenvolver. Como vocês vêem esta situação na hora de contratar um talento? Clerence


Quando somos chamados por uma empresa para ajudar na contratação de um profissional o fator crítico que mais levamos em consideração é justamente a identificação do perfil do profissional que vamos procurar no mercado. Você tem razão quando diz que os contratantes, às vezes, não sabem bem que competências e características pessoais são importantes para o profissional conseguir uma performance adequada naquela função. Nosso trabalho consiste também em ajudá-los nesta definição.
(Iônio Mello, headhunter e diretor executivo da Talent Solution)



Sou deficiente física e busco uma vaga na área na qual estudo que é administração. E o que sempre me ocorre é que geralmente as vagas que são oferecidas são de recepcionista ou telefonista. Gostaria de saber informações sobre mercado. Carla

Carla, conforme você sabe as empresas são obrigadas por legislação a ter nos seus quadros um percentual de profissionais portadores de deficiência física. Entretanto isto não quer dizer que somente vagas de nível operacional são oferecidas. A qualificação profissional é que vai determinar a posição a ser ocupada. Falando de mercado existem sim oportunidades para o desempenho de funções que exijam melhor qualificação. (Iônio Mello, headhunter e diretor executivo da Talent Solution)

Fonte: Você SA


As 10 características dos grandes líderes

Muita gente acha que para ser um grande líder é preciso nascer com as características certas. Mas muitos estudos já foram feitos e provam o contrário: liderança pode ser aprendida!

Algumas pessoas têm, sim, mais facilidade e agem naturalmente da maneira certa. Outras precisam de um pouco mais de estudo e prática, mas são capazes de alcançar o sucesso em um cargo de liderança.

Quando falamos de liderança, uma coisa é certa: é preciso agir da maneira correta para inspirar, motivar e conseguir os melhores resultados da sua equipe. E para isso é preciso que você esteja constantemente aprimorando suas habilidades de líder.

Leia as dez características de um grande líder, identificadas por Brian Azar. Quantas delas você já tem desenvolvidas? Quantas ainda precisam de uma atenção especial? Lembre-se: para uma organização ter resultados excepcionais, é preciso ter líderes excepcionais que construam equipes também excepcionais.


1. GRANDES LÍDERES COMETEM ERROS E SE RESPONSABILIZAM POR ELE
Ser um grande líder não significa que você não possa cometer erros. Mas sim que você precisa se responsabilizar por eles e rapidamente começar a resolvê-los (ao invés de culpar o primeiro que aparece). Além disso, um grande líder aprende constantemente com esses erros, garantindo que não aconteçam novamente, atrasando a evolução da empresa.



2. GRANDES LÍDERES CONSEGUEM FICAR “NEUTROS”
Grandes líderes aprendem a ter controle sobre suas emoções, principalmente de nervosismo. Eles não passam insegurança, não intimidam e não tentam controlar os outros. Pelo contrário: agem como pacificadores e neutralizadores. Ao invés de aguçar, acalmam e tranquilizam.


3. GRANDES LÍDERES NÃO EXTERNALIZAM SEUS PROBLEMAS

Um líder comum, muitas vezes, estressa sua equipe com os seus problemas. Um exemplo típico: os diretores da empresa se reúnem com os gerentes para expor uma situação financeira difícil e pedem colaboração. Muitos líderes voltam correndo para as suas salas e na primeira oportunidade, reúnem a equipe para dizer que a empresa irá passar por um momento difícil, para todos se prepararem para a crise. Como você espera que a equipe trabalhe de uma maneira melhor depois disso? Grandes líderes não expõem todos os problemas (nem da empresa, nem os pessoais) para suas equipes. Muito pelo contrário. É quase que um trabalho de pai e mãe: eles tentam poupar emoções negativas e deixar os problemas de lado. A equipe deve estar focada em vender mais, em produzir melhores resultados. Deve estar focada em soluções, e não em problemas.


4. GRANDES LÍDERES TÊM NÍVEIS ALTOS DE PACIÊNCIA E COMPREENSÃO

Grandes líderes permitem que os outros sejam expressivos em suas opiniões e voltados para desafios e oportunidades. Eles sabem que isso ajuda a manter a diversão e a paixão de seus funcionários pelo trabalho. Grandes líderes não estão ocupados demais para ouvir sua equipe. E sabem entender as necessidades, desejos e expectativas de cada um.



5. GRANDES LÍDERES PRODUZEM GRANDES LÍDERES

Líderes excelentes não se sentem ameaçados sem ter o poder e o controle total de uma situação. Eles sabem que não têm a resposta para tudo e nem precisam ter. Eles sabem como construir e incentivar outros líderes sem medo da competição ou da perda de controle. Excelentes profissionais não temem que seus lugares sejam ocupados, pois sabem que há espaço para mais gente excelente. E quanto mais melhor, pois todo mundo ganha.


6. GRANDES LÍDERES DELEGAM E SABEM QUANDO “SOLTAR”

Grandes líderes se rodeiam de pessoas que têm talentos diferentes, habilidades, estilos de comunicação e diferentes jeitos de pensar. Essas diferenças incentivam a liberdade de expressão, a criatividade, a diversidade e a mudança.



7. GRANDES LÍDERES TÊM UM ALTO SENSO DE PROPÓSITO
Eles realmente querem incentivar e servir, ao invés de controlar e mandar nos outros. Eles acreditam em um ambiente de trabalho feliz, saudável e produtivo, onde possam ser um recurso valioso capaz de fazer outros profissionais crescerem, e se tornarem o melhor que eles podem ser.


8. GRANDES LÍDERES RECONHECEM E ACONSELHAM SEUS FUNCIONÁRIOS CONSTANTEMENTE
Grandes líderes dedicam tempo para conversar individualmente com cada membro de sua equipe. Não somente sobre as funções a serem bem desempenhadas, mas também sobre quem eles são e como ajudam uns aos outros dentro da empresa. Grandes líderes sabem o valor e os benefícios de reconhecer sua equipe de diferentes maneiras.


9. GRANDES LÍDERES TÊM INTELIGENCIA EMOCIONAL
Grandes líderes conhecem a personalidade e as habilidades necessárias para liderar, inspirar, treinar e dirigir as pessoas e suas empresas para o próximo nível. Eles usam inteligência emocional que permite serem assertivos e conseguirem seus objetivos de maneira mais eficiente.



10. GRANDES LÍDERES SÃO AUTÊNTICOS E HONESTOS

Grandes líderes sabem o impacto e o valor da honestidade e da autenticidade. Eles estão 100% envolvidos com coração, mente e alma. Eles querem fazer uma diferença positiva com sua equipe, sua empresa, seus clientes, seus produtos etc. Eles acreditam em parcerias e alianças com alta qualidade, excelentes pessoas trabalhando juntas para criar relações “ganha-ganha”.


Veja que para ser um grande líder, não é preciso grandes atos de heroísmo. Nem é preciso mágica ou milagres. Basta que você esteja comprometido com você, com sua profissão, com sua equipe e com sua empresa. E que seu objetivo seja, acima de tudo, ajudar cada um a ser melhor.

Com estas 10 características, você pode agora analisar quais precisam ser mais desenvolvidas. Lembre-se: o poder de ser um grande líder está, acima de tudo, em suas mãos.


Autor:


Raúl Candeloro

Raúl Candeloro é palestrante e editor das revistas VendaMais®, Motivação® e Liderança®, além de autor dos livros Venda Mais, Correndo Pro Abraço e Criatividade em Vendas. Formado em Administração de Empresas e mestre e empreendedorismo pelo Babson College, é responsável pelo portal www.vendamais.com.br. E-mail: raul@vendamais.com.br - Fonte: www.administradores.com.br